Solidão

Há dois escalões etarios a que não consigo ficar indiferente, são eles as crainças e os idosos. Ambos estão mais susceptiveis que serem vitimas de violencia, maus tratos e abandono do que qualquer pessoa de meia idade. Simbolizam o principio e o fim da vida. As crianças são como flores que nascem ,desabrocham e dão cor e perfume ao mundo. Os idosos, vejo-os como portadores de uma sapiência que, geralmente não damos importância. Cada ruga que vemos nas suas mãos, na sua cara é uma história vivida. Tenho por eles imenso respeito.

Quase quarenta por cento dos Portugueses apartir dos 65 anos passam oito ou mais horas dos seus dias sózinhos. Esta percentagem de " solidão" foi constatada através de um estudo nacional que define o perfil de envelhecimento da população Portuguesa e é da autoria de médicos da faculdade de medicina de Coimbra em parceria com a faculdade de ciências médicas de Lisboa da universidade nova de Lisboa. O estudo sairá em livro no próximo mês.

Velhice

Sentei-me no habitual banco do jardim

e aqui fiquei. Só e quieto.

A juventude passa, indiferente á minha presença.

Recordo os tempos do passado. Que saudoso tempo.

O sol esconde-se e, de mansinho

a sombra do portão projecta-se no muro

enquanto os pardais pousam na oliveira.

Ouço os tordos que cantam,

também eles um dia se irão calar

e o dia adormecerá com eles.

A sombra infiltra-se no muro

e vem o frio humido da noite.

Caminho para o lar

porque casa já não tenho.

Comigo levo o silêncio,

o único parente que tenho.