segunda-feira, 5 de abril de 2010

Està VIVO



«E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram.
Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro.
E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou.
Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis,
E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos.
Tornaram, pois, os discípulos para casa.
E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro.
E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer, Mestre).
Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.
Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos pa
ra que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.»
( Ev. S. João 20:1 a 31)

Porque tanto se tem falado acerca deste assunto...



Jovem foi condenado a cumprir 90 horas de trabalho comunitário por extorsão
Jovem exigiu 500 euros a padre para viajar até Londres
O indivíduo denunciado pelo cónego Ferreira dos Santos por extorsão exigiu, durante meses, centenas de euros para poder fazer uma viagem até Londres e obras em casa. Através de 49 mensagens escritas, ameaçou denunciar uma suposta relação amorosa.

Em participação à PSP, em Outubro de 2008, o clérigo contou que, desde há cerca de 10 anos, vinha ajudando S. O., por ser um jovem que vivia sem retaguarda familiar e com muitas dificuldades financeiras, tendo então um filho de sete anos. O homem, que então tinha 26 anos (hoje 28), tinha uma companheira grávida de alguns meses, na altura.

De acordo com documentos consultados pelo JN, o responsável pela Igreja da Lapa, no Porto, explicou à Polícia que, entre várias solicitações, o indivíduo chegou a pedir-lhe, em Abril de 2008, 500 euros para pagar um bilhete para viajar até Londres, Inglaterra, cidade onde dizia querer trabalhar, em prol dos seus filhos.

O padre garantiu que lhe deu a verba mas desconfiou que, à semelhança de outros casos, não seria aplicada na viagem. Apesar disso, acompanhou-o até ao autocarro, mas certificou-se no dia seguinte que o jovem, afinal, saíra logo na primeira paragem.

Por considerar que estava a ser enganado, com invenção de "todo o tipo de dificuldades e problemas", decidiu deixar de ajudá-lo. Só que S. O. continuou a pedir dinheiro. Aludiu à necessidade de dinheiro para obras.

Através de mensagens escritas que ficaram guardadas no telemóvel do cónego, percebe-se um ultimato de revelação pública de uma suposta relação amorosa e abusos sexuais, caso os pedidos não fossem satisfeitos.

As ameaças chegaram à entrega, na igreja da Lapa, a 11 de Outubro de 2008, de uma fotografia, tirada por telemóvel, de António Ferreira dos Santos em trajes menores na casa de banho da sua casa, acompanhada de uma carta.

Perante este quadro, o padre apresentou queixa. A PSP levou então o padre a aceitar uma reunião com o indivíduo, com hora marcada. A 15 de Outubro, os polícias surpreenderam S. O. no encontro e levaram-no para interrogatório.

Na esquadra, acabou por confessar ter sido o autor da carta ameaçadora e chegou mesmo a autorizar uma busca na sua casa, na freguesia de Campanhã, onde foram apreendidas mais cinco fotografias do padre sem roupa - tiradas "à socapa", disse. Também havia uma foto de uma cama.

As circunstâncias em que foram recolhidas as imagens não ficaram esclarecidas, mas do seu teor e das declarações posteriores de S. O., não resultaram indícios suficientes para determinar a abertura de um inquérito-crime por supostos abusos sexuais.

Às autoridades, o indivíduo acabou por dizer-se "arrependido" da sua conduta. E o padre concordou que o caso não avançasse para julgamento. Em vez disso, o DIAP do Ministério Público do Porto propôs uma suspensão provisória do processo, pelo prazo de um ano, sob condição de efectuar 90 horas de trabalho comunitário.

S. O. aceitou e cumpriu aquele período de colaboração gratuita na Associação do Porto de Paralisia Cerebral, junto à sua zona de residência, perto do Bairro do Cerco do Porto.

Fonte: NUNO MIGUEL MAIA in JN