segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eleições legislativas

Comparando as governações com maioria absoluta existentes no nosso país, quer queiramos, quer não, temos que admitir que o Eng. José Socrates governou muito melhor do que o Dr. Cavaco Silva. O primeiro governou bem com os bolsos vazios enquanto que o segundo, apesar de ter os bolsos cheios (entenda-se dinheiros de Bruxelas) governou péssimamente mal. Discordei muitas vezes da política de José Socrates, nomeadamente no que refere à lei do divórcio e, ainda mais quanto à alteração da lei do aborto (que considero um verdadeiro...aborto) mas, admito que foi um bom 1º ministro, apesar da arrogância. Votei em José Socrates. Fiquei feliz com a sua vitória, principalmente pelo facto de não ter tido uma maioria absoluta. Quando um governante se recusa a ouvir o "outro"é manifestamente sintoma de autoritarismo. Um governo absoluto converte-se em poder absoluto, o que é mau para a democracia de um País. Não há que escamotear.
Nota: Relativamente à imagem do post. Oxalá nosso Senhor esteja surdo...:):)

domingo, 13 de setembro de 2009

Apadrinhamento civil


"O apadrinhamento civil é uma relação jurídica, tendencialmente de carácter permanente, entre uma criança ou jovem e uma pessoa singular ou uma família que exerça os poderes e deveres próprios dos pais e que com ele estabeleçam vínculos afectivos que permitam o seu bem-estar e desenvolvimento, constituída por homologação ou decisão judicial e sujeita a registo civil."



É esta a definição desta novissíma figura jurídica ( artº 2º Lei nº 103\2009 de 11 de setembro). No fundo trata-se de uma alternativa à impossibilidade de adopção.

A expressão "apadrinhamento" é que não me parece um termo muito feliz se tivermos em conta a etimologia da palavra e atendendo ao facto de que vivemos num Estado Laico.

sábado, 12 de setembro de 2009

O cinismo e a liberdade



Um destes dias, dei por mim a pensar nas ameaças à liberdade. Lembrei-me de uma que tende a esconder o horizonte, a atar a esperança e a cansar a imaginação. Lembrei-me do cinismo.
O cinismo, mesmo que não se veja a olho nu, anda por aí... nas crónicas brilhantes dos jornais, em comentários lúcidos e inteligentes. Mas será este reluzente cinismo capaz de iluminar a realidade, capaz de ver para além dos escombros? Nas suas formas mais agudas, o cinismo denuncia sem anunciar nada de novo, vive sentado e convida a uma desilusão comodista incapaz de comover-se e mobilizar-se a favor do bem. Desencantado da vida o cinismo tende a desacreditar aqueles que crêem que a novidade é possível. A estes, com um simpático e altivo paternalismo (será desdém?), gosta de chamar ingénuos.
Este rótulo fácil e preguiçoso, por vezes, chega também às opções editoriais de quem decide as notícias que vemos, lemos ou ouvimos. Neste caso, a dita doença, porque o cinismo é uma doença do olhar, transforma-se numa mordaça subtil com que consciente ou inconscientemente se cala a diferença e a criatividade de quem se lança contra a corrente. Com isto se fecha os olhos a uma parte significativa de lutas escondidas contra a injustiça e a inconformismos criativos.
Nenhum de nós está a salvo do contágio. Andam por aí amarguras perigosas com vontade de passado, assustadas com o presente e paralíticas de futuro. Mas sem horizonte todos os braços se cansam de lutar, apaga-se a imaginação. Libertar o horizonte do cinismo que o esconde, não é ser ingénuo ou superficial é optar por viver acreditando que vale a pena o esforço e a esperança. Este é um bom caminho para manter a liberdade em forma e vitalizar a Democracia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Coisas que se ouvem...


Ontem desloquei-me ao sitio habitual para beber o meu café da manhã e fumar o meu primeiro cigarro. Sentei-me na única mesa que estava livre na esplanada que, por mero acaso, ficava mesmo ao lado da mesa onde se encontrava sentado o Chico da praça ( o tal que meteu o pé na poça no debate político da rádio denominando o seu principal adversário de não ter sido mais do que um reles empregado da "sua" câmara" enquanto lá trabalhou). Estava acompanhado por duas Senhoras que, quer uma quer outra, por duas vezes discordaram daquilo que o mesmo ia dizendo em tom bem alto e desinibido. O grande tema da conversa gravitava em torno do Hospital e, dizia ele o seguinte:"vejam lá que o meu colega Carlos nunca me convidou para ir ter com ele beber um café ao bar do hospital", "Tanto que eu dei áquela casa", "já viram o mamarracho do centro de dia? aquilo não é nada, está completamente desenquadrado do edifício do próprio hospital". Mas, o ilustre também opinou acerca dos cursos superiores que existem em Beja: "A maior parte deles não servem para nada" e, continuou: " As Universidades privadas, universidades de vão de escada...olhem o meu filho estudou no técnico e ao fim de quinze dias já tinha emprego, ali sim é que se tiram cursos a sério". De referir que também ouve galhofa em relação ao diploma do Sócrates. Enfim, foi um diálogo que me deixou enjoada mas, alguma coisa positiva dele consegui tirar: Francisco Santos com o meu voto não ganha. Só não me meti na conversa porque tive receio de ser considerada uma reles intrusa mas, vontade não me faltou.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Silêncio


Pergunto-me se o silêncio é feito de ausência de palavras ou se de palavras que não se fazem ouvir... Pergunto-me de que é feito o silêncio, qual a sua composição química, qual o seu sentido... Está silêncio lá fora. Tento escutar tudo o que me envolve e apenas o martelar saído das teclas do portátil se fazem ouvir! Silêncio... O Fredy, o meu Labrador, está ali deitado (com a idade passou a ressonar, o que não é caso neste momento). Tento recolher-me, fazer um balanço do dia... Mais um dia passou, mais um dia vivido... É neste silêncio que procuro encontrar-me, que busco no barulho do meu dia o que de melhor ou pior me sucedeu! É bom ter um momento destes, é bom poder repousar, olhar a escuridão e procurar nela a luz do meu dia. Silêncio porque passei o dia a correr, a gritar, a andar, a agitar, ... Silêncio que parar é silenciar a correria da vida!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

17 anos

Amar é segredar ao ouvido " Cada vez tenho maior certeza de que casaria contigo mil vezes porque de tão diferentes que somos completamo-nos perfeitamente". É verdade. Somos muito diferentes um do outro mas, a verdade é que ao longo destes 17 anos sempre nos temos aceitado tal como somos.
Agradeço a Deus por mais um aniversário de casamento.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Stress ante e pós férias devido aos SES

Há stress para tudo. Para antes das férias porque o ano de trabalho foi exausto e, stress pós férias porque as férias foram curtas e mais um exausto ano de trabalho de apróxima. Tudo pode ser considerado stressante para o trabalhador, senão vejamos os ses do trabalhador.