segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais de 150 mil filhos de pai incógnito em Portuga



Há mais de 150 mil portugueses sem o nome do pai no Bilhete de Identidade. A maioria tem mais de 35 anos, até porque ser filho de pai incógnito é uma realidade que a lei forçou a diminuir.

Ainda assim, segundo dados do Ministério da Justiça (MJ) fornecidos à agência Lusa, mais de oito mil crianças com menos de 15 anos não têm paternidade definida.

"Divergências entre progenitores, comportamentos de risco ou fatores sociais [como filhos nascidos de pais não casados antes de 1976] conduzem a que muitas vezes fique omissa a paternidade na declaração de nascimento", refere o MJ.

Antes do 25 de Abril, nascer fora do casamento era ser ilegítimo e muitas mulheres suportaram sozinhas a educação das crianças.

151 889 filhos de pai incógnito "O peso da palavra era esmagador e de uma tremenda injustiça. A ilegitimidade era não reconhecer o filho e envergonhar-se de o ter tido", diz o pediatra Mário Cordeiro.

Dos 151 889 portugueses com paternidade desconhecida, 108 195 tem acima de 35 anos (mais de 70 por cento). É o caso de Paulo, que prestes a completar 40 anos nunca foi assumido ou procurado pelo pai e tem no BI uma lacuna que surpreende muita gente. Quando casei, fui tratar da certidão de nascimento e a funcionária pensou que havia um erro. Ficou incrédula com a falta do nome do pai", conta à Lusa. aulo soube desde cedo a sua história. A mãe assumiu-lhe sempre que o pai não o quisera, contando-lhe todos os pormenores, inclusivamente quem era o homem que biologicamente o tinha gerado.

"Não tenho memória praticamente de nada da minha infância"
"Curiosamente sei bem quem ele é. Já me cruzei profissionalmente com ele várias vezes, até porque quis o destino que seguisse a mesma área. Já lhe falei, já lhe apertei a mão até, mas ele não sabe quem sou. Porque nunca quis saber", relata. Garante que nunca teve vontade de o confrontar e que agora convive bem com a ausência de apelido paterno. Mas admite que a situação teve consequências: "Não tenho memória praticamente de nada da minha infância até aos sete anos".
Para o pediatra Mário Cordeiro, a verdade contada "de forma calma e progressiva" pode mitigar a desilusão e a dor: "Mas há sempre alguma dose de perplexidade e de sentimento de rejeição". "As pessoas aguentam muito. E o passado não é necessariamente o futuro. As crianças não estariam condenadas à partida, porque poderiam encontrar outras pessoas de referência que representariam a figura psicológica do pai", defende.



Casos de rejeição de filiação são hoje mais raros, até por imposição legal, com a alteração ao Código Civil em 1976, que pretendeu salvaguardar os direitos fundamentais das crianças. Além da falta de obrigação legal de filiação, na década de 70 a ciência não dispunha dos meios atuais de determinação da paternidade.

Vantagens da exigência da filiação

"Esta mudança teve um impacto enorme na qualidade de vida das crianças", refere a socióloga Vanessa Cunha, "na medida em que o estabelecimento da filiação poderá abrir a porta à construção de uma relação entre pai e criança, que de outra forma poderia não acontecer, pelo desconhecimento da situação, pela dúvida". Também para Mário Cordeiro as vantagens da exigência da filiação são claras "para a criança, para a mãe e para a construção de um país baseado na responsabilidade e na exigência de rigor". O pediatra sublinha que a nível europeu há até leis que "comprometem estrangeiros que 'façam filhos' quando estão de férias noutro país".

Atualmente, em Portugal, sempre que há um registo de nascimento com paternidade omissa é enviada certidão ao tribunal para processo de averiguação oficiosa. Nos últimos três anos, entraram nos tribunais 6364 processos, uma média de cinco casos por dia. estes processos parecem estar a aumentar: em 2009 houve mais 598 processos do que 2008 e mais 895 do que em 2007. Nem todos conseguem ser resolvidos.


Expresso | 23.05.2010

domingo, 16 de maio de 2010

Palavras duras mas lucidas



"A maior perseguição à Igreja não surge dos inimigos que estão fora, mas nasce do pecado dentro da Igreja".

“o perdão não substitui a justiça”.

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Irmãozinhos de S. Francisco

e Companheiros do Santíssimo Sacramento
Um encontro inesquecível
- 27 de Março de 2010 -

"Eram cerca de 50 pessoas, vieram do Baixo Alentejo, num autocarro alugado, cheios daquela alegria fraterna tão tipicamente franciscana, para um encontro de formação sobre Santa Clara de Assis.
A simpatia, a simplicidade e a alegre partilha de experiências marcou o ritmo de todo o encontro: um encontro verdadeiramente inesquecível.
Num cesto de grandes proporções traziam as mais diversas iguarias do Baixo Alentejo, sabores típicos e muito especiais, entre os quais não faltou o famosíssimo pão alentejano - generosidade e delicadezas de verdadeiros irmãos...
Foi também oportunidade para conhecer melhor o trabalho admirável e empenhado da jovem Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis, pelas grandes planícies da Diocese de Beja. Fundadores do grupo dos Companheiros do Santíssimo Sacramento e dos Jovens Shemá, os Irmãozinhos fazem do amor à Santíssima Eucaristia o princípio e a meta de um apostolado activo e diversificado que abraça pessoas de todas as idades e condições, desafiando, incomodando e atraindo cristãos do norte ao sul do país, nas suas diversas e frequentes actividades distribuídas ao longo de todo o ano.
Lugar de destaque, porque marcaram aqui uma presença muito significativa, merecem os Companheiros do Santíssimo Sacramento, que todos os meses fazem adoração ao Santíssimo, alternando-se em grupos de dois elementos, envolvendo o dia e a noite, actividade que culmina com uma grande celebração comunitária que costuma juntar mais de 600 pessoas de diversas proveniências.
Fica entre nós a marca viva do entusiasmo fraterno e ousado destes “jovens de todas as idades”, salutar ousadia capaz de romper com as rotinas sociais para “dar a Deus o que é de Deus”.


Foi este o comentário feito pelas Irmãs Clarissas ao dia que a comunidade se deslocou ao convento de Montereal.
Confirmo: Um encontro inesquecível.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Zaqueu



Zaqueu era um publicano. Pequeno em estatura e em carácter.
Vale a pena ler a história de Zaqueu.

Bom senso


.
Descartes afirma que todo o homem é provido de uma dose de bom senso (ver Discurso do Método).
Depois de tomar conhecimento do que a seguir vos digo, não sei se estarei com Descartes nesta afirmação, que o filósofo não demonstra.

Num Tribunal da área sul do país, um cidadão foi condenado pela prática de um crime de detenção de arma proibida... só que a arma proibida era tão somente uma picha de boi, leu bem: uma picha de boi.

É aqui que reside a enorme falta de bom senso, que põe em crise a afirmação de Descartes: provavelmente existem alguns homens que são desprovidos de qualquer dose de bom senso.

O venerando Tribunal da Relação de Évora (para onde o cidadão condenado recorreu) debruçou-se sobre o assunto e anulou a caricata condenação, com efeito:

"entendemos que uma bengala feita de “picha de boi”, ... podendo embora ser utilizada como meio de agressão, não pode ser havida como arma".

A Justiça, para além de estar em crise, resvala amiúde para a caricatura.

Compromisso


Depois de uma extraordinária caminhada, faz hoje duas semanas que assumi um compromisso. Aceitei vincular-me a um grupo que vive um ideal: O ideal Franciscano. Um grupo que cumprimenta toda a criatura com a saudação: paz e Bem. Foi um momento marcante na minha vida, que, por muito que queira traduzir em palavras não consigo porque há sentimentos que que não se conseguem explicar... Que no meu dia a dia consiga sempre honrar o compromisso que assumi.
Como não posso aqui transcrever a fórmula do compromisso (que é lindíssima) fica esta oração de São Francisco que é um verdadeiro poema de Amor.

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Rotina


A rotina cansa, seja ela por excesso de trabalho ou por ausência do mesmo. Faz-me confusão aos meus neurónios aquelas pessoas que vão de férias e que manteem a mesma rotina do dia a dia ao longo do ano: levantar cedo (acordado pelo despertador, que não teve direito a férias); ir comprar o pão para o pequeno almoço; despachar para que às 9 horas a famelga esteja toda pronta para ir para a praia; comer a bola de berlim por volta das 11 e ao meio dia e meia é hora de regressar porque há o almoço para fazer...RASSSSSSSSSS até me fazem impressão, isto porque nas férias não sei o que é usar relógio.
toda esta introdução para referir que, hoje quebrei a minha rotina... em vez de acordar às 10.30(hora habitual ao domingo) decidi que haveria de acordar apenas e só quando o corpinho acha-se que já chegava e dormi, nada mais nada menos, que quase 14 horitas seguidinhas... Mas, como vida de pobre é assim mesmo, amanhã lá vem de novo a rotina: levantar cedo porque o puto entra às 8.15 na escola, despachá-lo para o pai o ir levar; tomar o duche da manhã; beber o café ( porque não há vagar para comer); pegar na pasta e Pedrógão com ela; à uma hora toca a regressar a Beja, comer em 20 minutos porque às duas horas mais um grupo de meninos que não param com o rabiosque quieto na cadeira me esperam; ás 17.30 é verificar quem foram os meninos que faltaram e telefonar aos papás( que se estão, pura e simplesmente lixando para isso); às 18 e pouco é tempo para organizar os dossiers porque não demora muito e a formação modular está a começar; à noitinha chega-se a casa com fome, cansaço e impaciência para dar atenção àqueles que mais merecem; pouco tempo depois o filho já dorme porque, também ele está cansado da sua própris rotina.
por vezes tenho inveja da minha cadela. RSSSSSSSSSSSS.

Sporting...


...é o maior.
Isto de ter marido benfiquista e filho Sportinguista é complicado de conseguir gerir. Mas viva o Sporting.

domingo, 2 de maio de 2010

Mãe


Obrigada pelo teu Amor.